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Tomás de Aquino



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Bio: â€A razão do homem é como Deus no mundo†[1]. 1225-1274. Suma Teológica. Tenta conciliar sua fé com Aristóteles para entender a origem do universo (para o 1º o universo sempre existiu, para a bíblia foi criado por Deus) [2].

Somente a partir de Descartes a ~f começou a se libertar do engessamento da ~f aristotélica-tomista. Hoje, conforme [5], a mentalidade científica tem uma visão puramente quantitativa do mundo; e certos problemas (como o da alma e o da consciência) permanecem sem resposta por falta da visão qualitativa do mundo, que vigorava em Aristóteles e ^ [7].

Teologia. ^ defendeu que o universo pode sempre ter existido, mas humanos e animais podem ter sido criados depois. Demonstrou que deus criou o universo e que isso não é incompatível com a afirmação de que o universo existe desde sempre, porque deus poderia com facilidade ter criado um universo eterno, porque não precisaria criar um tempo em que o universo não existiu. Quando o homem raciocina corretamente não pode chegar a uma conclusão que contradiga a doutrina cristã, porque esta e a razão vieram da mesma fonte, deus [6].

Epistemologia: o homem adquire conhecimento pelos sentidos (que só dizem como as coisas são superficialmente) e pelo conhecimento intelectual, usando o poder inato do intelecto para apreender, com base nas impressões sensoriais, a realidade que está por trás delas (parece racionalista, mas disse também “O que quer que esteja em nosso intelecto deve ter existido previamente nos sentidos†[4]). Esse conhecimento intelectual também o têm anjos e deus, que não têm de adquirir conhecimento por meio dos sentidos e captam diretamente as definições das coisas.

Opondo-se a Avicena, diz que o eu que pensa é o mesmo eu que sente através do corpo [3].

Ética: O objetivo da vida é a Felicidade, e o objetivo da ~f é determinar com a felicidade pode ser obtida de forma moral. Isso se faz seguindo a lei natural, que a razão aponta. O comportamento imoral é irracional e antinatural. O comportamento egoísta resulta de uma ideia equivocada da felicidade. Virtudes cardeais: prudência (sabedoria, previdência e sagacidade), justiça, força e temperança [5].



Notas e adendos:

[1] f. pr.: B2011f.

[2] V2013g.

[3] B2011f 79.

[4] B2011f 130.

[5] S1999t.

[6] Parece com o que disse Escoto Eurígena.

[7] Sobre a questão da diferença entre qualitativo e quantitativo, v. Henri Bergson.