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Nietzsche



Sentido da vida, Ética: 1844-1900. Existencialismo. O homem é algo a ser superado. ^ cria que a ~f ocidental, com suas raízes gregas e judaico-cristãs, não estava preparada para explicar a visão moderna de mundo; propôs uma abordagem radical para encontrar um significado na vida, a partir da rejeição de antigos valores e tradições. Isso traçou a pauta de grande parte da ~f do séc. XX [2].

^ enfoca três ideias, homem, Deus e moral. Furioso anti-cristão (o cristianismo peca contra a vida ao afirmar que tudo que nela existe é sem importância, e tudo que importa está além da morte) e anti-platonista (a ideia de que vivemos num mundo irreal desvaloriza o único mundo em que podemos viver; a fascinação pela distinção entre real e aparente é o erro mais duradouro da ~f); os dois, cristianismo e Platão, dividem o mundo em dois, real e aparente, e colocam os valores no que está além de nós; isso é negar a vida. Se o mundo real, a Coisa em si, é inacessível, é também irrelevante.

A Morte de deus é a morte de todos os valores mais elevados que herdamos. Abandonada a distinção entre mundo real e mundo aparente, assumindo que só existe um mundo, os valores têm de ser revalorados, o sentido da vida deve ser repensado, e todos os valores que negam a vida (os valores cristãos e as ideias platônicas) devem ser abandonados (Niilismo ativo). O super-homem é um modo de ser que fundamentalmente afirma a vida.

A proposta de ^ é viver ao máximo nossas vidas e conseguir do mundo tudo o que pudermos; a questão é como fazer isso num mundo sem Deus e sem sentido [4].

O entendimento da ~f de ^ passa por estes conceitos essenciais: Morte de deus, Eterno retorno, Vontade de potência, Amor fati, Apolíneo e dionisíaco. Também úteis os conceitos de Perspectivismo e Materialismo.


frases anotadas

Será o homem um mero erro de Deus? Ou será Deus um mero erro do homem? [3].

“O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismoâ€.

“O homem preferiria ainda querer o nada, a nada quererâ€.

Pode existir um mundo metafísico. Mas com essa possibilidade “não se pode fazer absolutamente nada, muito menos permitir que felicidade, salvação e vida dependam dos fios de aranha de tal possibilidade. (...) Ainda que a existência de tal mundo estivesse bem provada, o conhecimento dele seria o mais insignificante dos conhecimentos: mais ainda do que deve ser, para o navegante em meio a um perigoso temporal, o conhecimento da análise química da água†(Niet., Hum.).


Citações:
“O vigoroso espírito crítico de Nietzsche incidiu especialmente sobre a ética cristã: para esta, o bom é o humilde, pacífico, adaptável; e o mau é o forte, enérgico e altivo. Para Nietzsche, essa é a moralidade tanto de senhores quanto de escravos. O valor supremo que deve nortear o critério do que é bom, verdadeiro e belo é a vontade de potência: é bom o que vem da vontade de potência, é mau o que vem da fraqueza. O homem aspira à imortalidade, mas esse conceito nada significa, já que a realidade se repete a si mesma num devir que constitui o eterno retorno. O homem só se salva com a aceitação da finitude, pois se converte em dono de seu destino, se liberta do desespero para afirmar-se no gozo e na dor de existir. O futuro da humanidade depende dos super-homens, capazes de se sobrepor à fraqueza, e não da integração destes ao rebanho†[1].

“O grau de introspecção alcançado por Nietzsche nunca foi atingido por ninguém†(Freud).



Notas e adendos:

[1] G99e.

[2] B2011f.

[3] A2014m 100.

[4] Magee, apud T2013p