Verbetes relacionados:
Benjamin
Dasein
Existência inautêntica
Filosofia, roteiro de estudo
Husserl
Lobo, R. H.. Os filósofos e a arte
Miranda, filosofia da ciência
Morte
Por quê há filosofia?
Que perguntas faz a filosofia?
S013h Heidegger essencial, f. de l.
Ser
Tempo
Trigo, Pensamento filosófico
Wittgenstein


AlbertoSantos.org       Capa   |   direito   |   filosofia   |   resenhas   |   emap   |   mapa   |   Busca


Heidegger



1889-1976. Reabilitou a Metafísica. Ontologia, Fenomenologia. Reposicionou radicalmente o pensamento sobre a existência. Até o séc. XVII o Ser e o Ente (a coisa) recebiam tratamentos iguais. Mas ^ disse que o ser não é uma coisa. O ser tem caráter histórico, é um movimento, logo não se pode determinar a sua essência. O ser só pode ser pensado, não enunciado [1].

“Nós próprios somos as entidades a ser analisadasâ€. Como podemos analisar o que é ser humano? Em vez de examinar a vida humana a partir do exterior, como até então, ^ propôs analisá-la de uma perspectiva interna (examinar a vida a partir do interior dessa vida). Não pergunta, por exemplo, “o que é um ser humano?â€, mas “como é ser humano?â€, sendo essa a questão fundamental da ~f, porque o homem é o único ser que se indaga sobre essas coisas [4].

O homem é essencialmente um ser temporal: estamos atados ao Tempo. O homem ao nascer é jogado no mundo, numa trajetória que não escolheu. Tenta dar sentido ao mundo em que foi lançado, mediante projetos consumidores de tempo, que o direcionam rumo a um dos futuros possíveis. Mas está ciente de que esses futuros tem um horizonte-limite, a morte [4].

^ falava da existência inautêntica [2] (que [3] chama existência impessoal), uma modalidade de existir apenas em função dos projetos ou passatempos, resumindo a vida a estes, de forma a esquecer a iminência da morte. Nesse processo fica esquecida (perdida) a dimensão mais fundamental da existência [4].

As manifestações essenciais da existência inautêntica são a tagarelice (o “se dizâ€, o apego ao senso comum, a adoção de ideias alheias como próprias, a anulação na manada), a curiosidade (a avidez de novidades, diz [2]; caracteriza-se pela impermanência no mundo circundante e pela dispersão em possibilidades sempre novas, pelo que a curiosidade nunca está parada) e o equívoco [3].

No fim da carreira ^ passou a utilizar uma linguagem poética para a ~f. A ~f, disse, não é capaz de responder às perguntas sobre a existência humana usando a linguagem corrente, precisa da linguagem mais rica, mas profunda, da [Poesia] [4].

Notas e adendos:

[1] V2013g.

[2] Feinman.

[3] A2007d.

[4] B2011f.