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Do socialismo ao niilismo


04/08/2015, 22h06m.

    > Pós-modernismo, Modernidade líquida, Marxismo, Niilismo, Ceticismo, Iluminismo.

    F. de l. de um artigo de Rodrigo Constantino, baseado por sua vez numa resenha de “Explicando o pósmodernismo”, de Stephen Hicks [1]. Não endosso as ideias de Constantino, cujo modo de pensar é bem conhecido. O texto vai aqui para servir de contraponto às ideias de outros autores. De qualquer sorte um estudo que se pretende filosófico tem de conhecer as várias concepções divergentes.

A esquerda pós-moderna precisa “desconstruir” tudo. Para isso apela para o relativismo: diz que a verdade não existe, tudo é questão de opinião.

O ceticismo iluminista punha em xeque a própria razão humana, principal instrumento do Iluminismo. Isso abriu espaço para os defensores do irracional. O pós-modernismo rejeita o legado iluminista.

Pilares do mundo moderno:
    a) democracia liberal,
    b) economia capitalista de mercado,
    c) foco no indivíduo e
    d) a razão como instrumento eficaz para apreender a realidade.
O pós-modernismo ataca tudo isso. Ocidente visto como história de opressão do homem branco rico. Condena a própria possibilidade de conhecimento objetivo. “Sentimentos” acima da razão.

Pós-modernismo é estratégia da esquerda para reagir à crise do socialismo. Arma: a linguagem. Alvo: juventude universitária.

Deixa de falar em riqueza absoluta e foca a riqueza relativa. Transfere o coletivismo da classe social para grupos de identidade: mulheres, homossexuais, negros, todos parte da “minoria oprimida”.

Não enfoca mais o proletário e sim o trabalhador de classe média psicologicamente reprimido, escravo que pensa que é livre.

Nas artes, lixo efêmero tratado como equivalente aos clássicos. Multiculturalismo é nivelar por baixo e diminuir as conquistas ocidentais.


Notas e adendos:

[1] Rodrigo Constantino. “Do socialismo ao niilismo”. O Globo, 4/8/2015, p.15.



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