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Metafísica. De Abdera (-460/-360). Demócrito não seria pré-socrático, pode ter sido rival de Platão. Criador do Atomismo: o elemento primordial de tudo é constituído pelos átomos (partículas indivisíveis, invisíveis, eternas e imutáveis, cuja única qualidade é a impenetrabilidade, e que diferem uns dos outros pela figura e dimensão).

Características dos átomos: cheios, sólidos, qualitativamente idênticos, homogêneos, impassíveis (?), inalteráveis, compactos. São o elemento positivo do ser. O vazio é o elemento negativo, que tem função de desagregação do ser, possibilitando o movimento. A mescla dos átomos com o vazio, em diferentes proporções (quantidades), é a causa das diferentes qualidades. Os movimentos, choques, agrupamentos e desagregações dos átomos, estão regidas por uma lei fatal, imanente à matéria. A lei fatal não tem uma finalidade, um telos, opera cegamente [3].

Materialismo e Determinismo mecanicista. Quer conciliar o imobilismo de Parmênides com o mobilismo de Heráclito.

A realidade se compõe de dois únicos elementos: o vácuo ou não-ser (vazio eterno e infinito), e os átomos. Estes são materiais eternos e sem causa, em incessante movimento no vácuo; os fenômenos e mudanças de estado, como a morte, não passam de combinações e separações de átomos.

O ser é imutável, porque constituído de átomos imutáveis. Mas o Vir-a-ser existe, causado pelo movimento: os átomos movem-se ao acaso, em turbilhões, chocam-se e se combinam de vários modos.

Religião, Teologia. Alma: formada de átomos sutis, leves e similares ao [Fogo], móveis. É o princípio do movimento e da vida dos animais [3]. Nem os deuses são imortais: sujeitos ao movimento que dissocia átomos. Não falavam de um deus pessoal e transcendente, mas de deuses que viviam felizes sem pensar nos homens [3]. ^ foi o primeiro a fornecer uma visão mecanicista completa do universo, sem qualquer recurso à noção de um ou mais deuses [2]. Morte. Ocorre quando a quantidade de átomos inspirados é menor que a de átomos exalados. Isso leva à desagregação da alma [3].

Epistemologia. Conhecimento: captação, pelos órgãos sensitivos, dos átomos que os Simulacros (imagens) que os corpos irradiam. As qualidades (odor, sabor, cor) não são objetivas, mas subjetivas, derivam do encontro dos simulacros com os dos órgãos sensitivos humanos: são aparências apenas, porque na verdade só há átomos e vácuo. A partir do conhecimento sensorial o homem se eleva até o racional.

Ética: a Felicidade não está no prazer dos sentidos mas na harmonia da razão e Epitimia (tranqüilidade de espírito, livre de temores e emoções). Ética prática visando o bem comum. Moral estritamente limitada à felicidade no presente. Sem normas transcendentais de conduta nem sanções futuras. Critério de conduta: o prazer regulado pela razão.

O primeiro a dar atenção à origem da linguagem [1].


Rembrandt, The Young Rembrandt as Democritus the Laughing Philosopher (1628-1629).

[Cosmogonias]. Nova solução para o problema da universalidade do ser, e da pluralidade das coisas. No princípio existia o ser material cheio (pleno), formando uma massa compacta e indistinta. Existia, ademais, um grande vazio, que era o não-ser. E existia, enfim, o movimento eterno. O vazio, impulsionado pelo movimento, penetrou no ser, desagregando-o, fazendo desmanchar-se em partículas pequenas, indivisíveis, os átomos.


Notas e adendos:

[1] f. pr.: a) Mondin, B. (1981). Curso de Filosofia. São Paulo: Paulus. b) Durozoi, Gérard & Roussel, André (1996). Dicionário de Filosofia. Trad. Marina Appenzeller. Campinas: Ed. Papirus. c) G99e.

[2] B2011f.

[3] Educatina.